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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Festival "A cena tá preta" - BA



O Centro de Estudos Afro-Orientais (Ceao), em parceria com a companhia teatral Bando de Teatro Olodum e o Teatro Vila Velha, realiza a quinta edição do festival A Cena tá Preta. O evento artístico-cultural, que destaca a produção afro-brasileira, apresenta uma programação variada com música, poesia, dança, documentário e palestra, e acontece até o dia 12 de dezembro, no Teatro Vila Velha.

A abertura das atividades culturais acontece nesta sexta, às 20h, com o show "Inaicyra em 3 tempos”, de Inaicyra Falcão. Na apresentação, a cantora lírica, que contará com a participação dos músicos Mauricio Lourenço e Daniel Vieira, mostra a influência da ancestralidade africana e indígena em suas canções.   

No dia 10 de dezembro, às 20h, é a vez da abertura do seminário A Cena tá Preta. A palestra Um cinema de Raça, apresentada pelo coordenador do Ceao Jocélio Teles dos Santos, vai ser ministrada por Joel Zito Araújo. Na noite também será exibido o filme Raça (2012), dirigido e produzido pelo cineasta e Megan Mylan. 

O evento é gratuito, mas as vagas são limitadas. Para os espetáculos de teatro e de dança, os ingressos devem ser retirados com uma hora de antecedência na bilheteria do teatro, no dia de cada apresentação. Em relação às palestras do seminário A Cena Tá Preta, em que os participantes terão direito a certificado, as inscrições serão feitas na secretaria do Ceao, no Largo Dois de Julho.

O festival A Cena Tá Preta conta com o apoio da Fundação Palmares. 

Mais informações: e-mail acenatapreta@gmail.com 

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Documentário “MOCAMBO AKOMABU” será lançado no Centro Cultural Plataforma - BA


Documentário sobre o quilombo do Alto do Tororó tem direção  de  João Paulo Diogo

A Comunidade do Alto do Tororó, localizada em São Tomé de Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, é a personagem principal do documentário “MOCAMBO AKOMABU”, produzido através da parceria do Coletivo de Assessoria Cirandas, Cambuí Produções e a Finisher Studio.O lançamento do documentário acontecerá no dia 21 de novembro, no Centro Cultural Plataforma, a partir das 19 horas e terá uma grande programação comintervenção cultural com capoeira, Mesa de Debate, exibição do documentário “MOCAMBO AKOMABU”, homenagem as mulheres que contribuíram na luta quilombola o Alto Tororó e apresentação musical com o Hino da África do Sul.
O Quilombo do Alto do Tororó possui, como particularidade, a característica de ser uma comunidade tradicional urbana, pesqueira, extrativista e de terreiro. O documentário mescla depoimentos de lideranças comunitárias do Alto do Tororó e de atores políticos da pauta da igualdade racial, com cenas de animação e imagens de cobertura que trazem as particularidades desta Comunidade Quilombola. Inclusive o conflito que a mesma vive com a Marinha do Brasil, que montou a Base Naval na região, na década de 1940, e que desde então não reconhece as comunidades quilombolas vizinhas como donas do território.
O lançamento do documentário “MOCAMBO AKOMABU” finaliza um ciclo de quase cinco anos, desde que o Coletivo de Assessoria Cirandas foi procurado pela Comunidade do Alto do Tororó para fazer um filme sobre a comunidade e sobre a relação territorial que eles vivem.
“O Coletivo Cirandas assumiu o compromisso de registrar as histórias da Comunidade e convidou a Cambuí Produções para desenvolver o projeto de filmagem do documentário. Encaminhamos o projeto para os Editais do Fundo de Cultura da Bahia (Culturas Populares) e do Ministério da Cultura (Curta Afirmativo). Fomos contemplados nos dois editais e iniciamos o trabalho”, explica o produtor executivo da Cambuí Produções, Tiago TAO.
“Foram quase cinco anos após a primeira conversa no Quilombo do Alto do Tororó, finalmente podemos apresentar com orgulho e felicidade o resultado deste trabalho que envolveu mais de uma dúzia de profissionais do audiovisual, a Comunidade do Alto do Tororó e que foi abrilhantada pela belíssima trilha sonora do querido Tiganá Santana”, destaca o diretor e articulador comunitário, João Paulo Diogo.
Com apoio financeiro do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CPPI), Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Governo do Estado da Bahia, o documentário de 26 minutos, que retrata o cotidiano da Comunidade do Alto do Tororó, também foi contemplado pelo Edital Curta Afirmativo: PROTAGONISMO DA JUVENTUDE NEGRA NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL, realizado em parceria entre a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República e a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, do Governo Federal.


O projeto do documentário “MOCAMBO AKOMABU” pretende ainda distribuir 1.000 DVDs para escolas públicas, bibliotecas e ONGs baianas, incluindo as organizações quilombolas na Bahia e no Brasil.

O DIRETOR
            João Paulo Diogo é um dos idealizadores do Coletivo de Assessoria Cirandas, que é um coletivo de jovens negros que presta assistência técnica ao movimento social nas áreas de desenvolvimento. Há mais de 18 anos atua no movimento social, tendo produzido diversos festivais culturais e atuado em diversas ONGs, como  produtor, educador, articulador e consultor. Em 2006, participou  da produção do documentário SILÊNCIO SENTIDO, sobre violência sexual; e produziu  em 2012, o documentário CULTURA DA INFÂNCIA. Este é o primeiro documentário que assina a direção.

           QUILOMBO URBANO DO ALTO DO TORORÓ
O Quilombo Urbano do Alto do Tororó, em São Tomé de Paripe, Subúrbio Ferroviário de Salvador, existe há mais de 400 anos e foi formado originalmente por negros escravizados em processo de resistência – quilombolas, que tinham a pesca como elemento de subsistência. Após a abolição da escravatura passaram a pescar e vender o peixe para os senhores de engenho e continuaram habitando o local. Hoje, os descendentes destes quilombolas sobrevivem basicamente da pesca, do extrativismo e do artesanato.
Entre os quilombos inseridos em capitais dos estados brasileiros, o Quilombo do Alto do Tororó destaca-se enquanto uma das poucos comunidades que para além de ser quilombola é extrativista, pesqueira e de terreiro, firmando esta comunidade com uma plena comunidade tradicional.
Contudo, um fato na década de 1940 mudou a dinâmica de vida desta comunidade: o estabelecimento de uma base americana na localidade de Ponta de Areia, a 6 km do Quilombo do Alto do Tororó, e que anos depois seria passada para Marinha de Guerra do Brasil, fez com que a comunidade vivesse a triste experiência de ver a Marinha desapropriar todas as terras no entorno do quilombo e aos poucos se apossar das terras da comunidade, reduzindo o território do Alto do Tororó a quase nada.
A partir desta ocupação da Marinha as pessoas da comunidade, segundo relatos, passaram de ser senhores e senhoras de seu território à serem vistos pela Marinha como invasores, sendo as pessoas da comunidade constantemente vítimas de agressões físicas, morais e psicológicas, por parte de patrulhas de marinheiros e fuzileiros navais nos caminhos de acesso aos manguezais, sendo presos e submetidos a castigos físicos e constrangimentos morais. A opressão chegou ao ápice com a ameaça de demolição da escadaria de acesso ao Porto das Canoas, demolição da rede de iluminação pública na ladeira de acesso a comunidade e impedimento da construção do campo de futebol.
Entretanto, este quadro é amenizado, depois de muita luta das lideranças da comunidade que dão um primeiro passo importante na conquista de seu direito ao território, com a finalização da primeira etapa do processo de reconhecimento como Remanescente de Quilombo (Certificado de Autodeclaração), em novembro de 2010, pela Fundação Cultural Palmares. A luta ainda não para, pois a Certificação é um primeiro passo.
Hoje, a comunidade encontra-se lutando incessantemente para que o INCRA cumpra seu papel e realize o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) do Quilombo do Alto do Tororó, garantindo assim um subsídio importante para a garantia do direito as suas terras.

EQUIPE DO PROJETO
Diretor e Articulador Comunitário – João Paulo Diogo

Diretor de Animação, Câmera e Montador – Léo Silva
Produtor Executivo – Tiago TAO
Animador 3D e Captação de Som – Ricardo Sousa
Assistentes de Produção – Bárbara Maré, Glauber Santos, Jenair Alves e Viviane Jacó
Design Gráfico e Webdesigner – Ravi Santiago
Finalização Audiovisual – Igor Caiê Amaral
Câmeras Adicionais – Ailton Pinheiro e Petrus Pires
Criação da Maquete do Quilombo – Luís Parras e Luna Matos
Finalização de Som – Hilário Passos
Trilha Sonora e Narração – Tiganá Santana
Músico convidado – Alex Mesquita
Assessoria de imprensa – Dayanne Pereira

SERVIÇO
O QUÊ: Lançamento do documentário MOCAMBO AKOMABU
QUANDO: 21 de novembro, a partir das 19h
ONDE: Centro Cultural Plataforma
INGRESSO: Entrada franca

PROGRAMAÇÃO
19h – Intervenção Cultural com Capoeira
19h20 – Formação da Mesa de Debate
20h – Exibição do documentário “MOCAMBO AKOMABU”
20h30 – Homenagem as Mulheres que contribuíram na luta quilombola o Alto Tororó
21h – Apresentação musical com o Hino da África do Sul


Visite a página do documentário mocamboakomabu.com.br
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Espetáculo "Sortilégio II - Mistério Negro de Zumbi Redivivo", de Abdias Nascimento, no mês da consciência negra em Salvador - BA



O clássico do Teatro negro brasileiro tem direção de Ângelo Flávio

Marcando a celebração dos 10 anos da Cia de Teatro Abdias do Nascimento (CAN) e do centenário de Abdias Nascimento, o espetáculo inédito "Sortilégio II - Mistério Negro de Zumbi Redivivo", texto homônimo de Abdias Nascimento, ícone maior do Teatro Negro Brasileiro, têm direção e adaptação de Ângelo Flávio,
​assistência de direção de Elinaldo Nascimento e Vanessa Damásio, ​
coreografia de Zebrinha, figurino de Zuarte Júnior, cenário de Marcos Costa e equipe de direção musical formada por Maurício Lourenço, Daniel Vieira e Elinaldo Nascimento, estreia dia 21 de novembro e segue em temporada até o dia 30 de novembro (sextas, sábados às 20h e domingo às 19h), mês que marca a luta anti-racista em todo o país.
"A montagem traz aos palcos questões como deslocamentos identitários, integracionismos culturais,  imaginários e comportamentos sociais que nos levam a pensar a construção de um corpo brasileiro erguido através das inquietudes de um personagem atormentado pela culpa",  diz o diretor Ângelo Flávio.
“A coreografia do espetáculo tem função de legendar o texto, as cenas são muito visíveis e descritivas. Por se tratar de assuntos afro-religiosos, estou fazendo isso da maneira mais contemporânea possível, sem trazer para à cena rituais ou atos religiosos”, destaca o coreógrafo José Carlos Arandiba, mais conhecido como Zebrinha.
A premiada Cia Teatral Abdias Nascimento é a única Cia do país a receber os direitos exclusivos para montar este Clássico do Teatro Negro Brasileiro. A montagem é parte de um projeto idealizado por Ângelo Flávio, vencedor em primeiro lugar do edital nº 17/2012 do Fundo de Cultura da Secretaria de Cultura (SECULT- BA) através do Setorial de Teatro da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), que ainda este ano montou o bem sucedido projeto "Abriu de Leituras".

SINOPSE
Sortilégio II - Mistério Negro de Zumbi Redivivo acontece em um terreiro de candomblé, espaço de misticismo e religiosidade e explora o conflito de emoções e a dificuldade de enquadramento social do advogado negro Dr. Emanuel, que sofre com o preconceito racial. Ele é casado com uma mulher branca chamada Margarida, que na ocasião do casamento não era mais virgem e isso gera ciúmes e desconfiança nele. Durante um momento de fúria ao questionar a fidelidade da mulher, Emanuel a estrangula com intenção de assustá-la e acaba matando-a, após o ato ele foge para um terreiro de candomblé e é neste momento que se reintegra a sua cultura e religiosidade, negada anteriormente pela formação cristã.

CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO DA PEÇA À ATUALIDADE
Tendo a primeira versão escrita no início da década dos 1950, a peça só foi liberada pela censura em 1957, e hoje continua muito atual. Para a pesquisadora e viúva de Abdias do Nascimento, Elisa Larkin Nascimento, “a questão da intolerância religiosa que ela trata constitui hoje um tema da maior importância para a sociedade baiana, brasileira e mundial. A peça ajuda a colocar essa questão em perspectiva ao traçar o histórico da agressão violenta contra o povo de santo ao mesmo tempo em que mostra a força mítica e social do candomblé, fundada em uma relação fértil, dinâmica e respeitosa entre o ser humano e a natureza”.
Larkin, explica em um artigo chamado A Questão de Gênero na Peça Sortilégio (Mistério Negro) de Abdias Nascimento, que “Sortilégio ficou durante seis anos banida do palco pela proibição da censura. Uma nova versão da peça, Sortilégio II: mistério negro de Zumbi redivivo (Nascimento, 1979) foi escrita após a estada do autor na Nigéria como professor visitante da Universidade de Ife em 1977”.
Larkin destaca também a importância a contribuição da montagem para a cena do teatro baiano, nacional e mundial. "A apresentação de Sortilégio II vem coroar essa iniciativa de resgate e valorização da história do teatro negro. Contribui para a cena teatral baiano, brasileiro e do mundo ao enriquecer o legado do teatro negro, um fenômeno local, nacional e internacional estudado por vários autores. Esse fenômeno demonstra profunda coerência com a tradição africana ao fazer uma arte engajada na vida e nas peripécias de seu povo e sua comunidade", afirma Larkin.

EXPOSIÇÃO
Em comemoração aos 10 anos da Companhia Teatral Abdias Nascimento (CAN) será realizada no dia 21 de novembro (sexta-feira), às 19h, no foyer do teatro Vila Velha, uma exposição para mostrar a trajetória da Companhia, com fotos dos espetáculos já realizados, matérias de jornais, figurinos e vídeos. A curadoria da exposição é de Luis Augusto Sacramento e Ângelo Flávio, com produção de George Bispo.

ELENCO
A CAN resolveu abrir uma audição para selecionar atores e atrizes da nova geração adotando uma política de vitrine e difusão de novos talentos do teatro baiano. Foram mais de 200 inscritos para a audição, e foi uma decisão difícil escolher os talentosos artistas para integrar o elenco que conta com os atores, Cleiton Luz, Jean Pedro, Marcos Dias, Pedro Albuquerque, Renan Motta e Sérgio Laurentino, além das atrizes, Fernanda Silva, Savannah Lima, Mariana Borges, Telma Souza e Zitta Carmo.

O DIRETOR - ÂNGELO FLÁVIO
O ator e diretor baiano, Ângelo Flávio comemora este ano 20 anos de carreira  dedicados às artes cênicas, ele é bacharel em direção teatral pela Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia e já participou de diversas montagens do Teatro, Televisão e Cinema. Em 2002, funda a Cia Teatral Abdias Nascimento na UFBA, primeiro grupo negro de teatro de formação superior na Bahia. Sua trajetória passa ainda pelos espetáculos O evangelho segundo Maria, onde recebeu o Prêmio Braskem como ator, na direção dos espetáculos As irmãs de Brecht, A casa dos Espectros e O Dia 14, além de receber o prêmio de melhor texto em Casulo. No cinema, atuou em Fora do Rumo, Eu me Lembro, Quincas Berro D'água, O Fim do Homem Cordial, Trampolim do Forte, Estranhos (favorito a prêmio como ator) e A beira do Caminho. Na televisão, marcou presença em Dona Flor e seus dois maridos e a Grande Família.

 A CIA TEATRAL ABDIAS NASCIMENTO
A premiada Cia Teatral Abdias Nascimento (CAN), nasceu na Escola de Teatro da UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA em 2002, por estudantes negros e negras, que passaram a discutir a constante ausência do protagonismo negro na cena baiana, assim como, o ausente conteúdo epistemológico dos negros brasileiros e da Diáspora na grade curricular da Universidade. Participantes ativos nas lutas sociais contra todas as formas de discriminação e genocídio cultural - características presentes nas montagens - a CAN, adquire respeito não só estético, também, social . A CAN, tem se destacado na cena teatral contemporânea da Bahia por um trabalho que prima pela pesquisa e a qualidade cênica, características que lhe conferem um crescente respeito da Academia, da crítica especializada e do público em geral.

ABDIAS NASCIMENTO
Escritor, artista plástico, teatrólogo, político e poeta, Abdias Nascimento foi um dos maiores ativistas pelos direitos humanos e deixou um legado de lutas pelo povo afrodescendente no Brasil. Fundou no Rio de Janeiro, em 1944, o Teatro Experimental do Negro, que rompeu a barreira de cor nos palcos brasileiros e formou a primeira geração de atores e atrizes dramáticos negros do teatro brasileiro, além de propiciar a criação de uma literatura dramática afro-brasileira. Organizou eventos históricos como o 1o Congresso do Negro Brasileiro (1950) e a Convenção Nacional do Negro (1945-46), que propôs à Assembleia Nacional Constituinte de 1945 políticas afirmativas e a definição da discriminação racial como crime de lesa-Pátria. Em 1978, ele recebeu a primeira indicação ao Prêmio Nobel da Paz.

Após 12 anos no exílio, Abdias Nascimento retornou ao Brasil e participou do processo de redemocratização do país. Como deputado federal Abdias Nascimento elaborou, em 1983, a primeira proposta de legislação instituindo políticas públicas afirmativas de igualdade racial. Continuou defendendo essa proposta, no período de 1991 a 1999, como senador e como titular fundador da Seafro (Secretaria de Defesa e Promoção da População Afro-Brasileira) e da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Autor de poesias, peças teatrais, ensaios e pesquisas, ele foi autor e organizador de vários livros e publicações, entre suas obras mais expressivas estão Axés do Sangue a da Esperança (orikis) (poesia, 1983); Sortilégio (Mistério Negro) (peça teatral, 1959, nova versão publicada em 1979); O genocídio do negro brasileiro (1978), Quilombismo (1980, 1ª edição).
A Universidade Obafemi Awolowo, de Ilé-Ifé, Nigéria, outorgou-lhe, em 2007, o título de Doutor em Letras, Honoris Causa. O Conselho Nacional de Prevenção da Discriminação, do Governo Federal do México, outorgou a Abdias Nascimento o seu prêmio em reconhecimento à contribuição destacada à prevenção da discriminação racial na América Latina (2008). O Ministério da Cultura outorgou-lhe a Grã Cruz da Ordem do Mérito Cultural (2007), e em 2009 ele recebeu do Ministério do Trabalho a Grã Cruz da Ordem do Mérito do Trabalho Getúlio Vargas. Ambas são as mais altas honrarias do Governo Federal do Brasil em suas respectivas áreas. Ainda em 2009, recebeu o Prêmio de Direitos Humanos da Universidade de São Paulo e o Prêmio de Direitos Humanos na categoria Igualdade Racial da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República do Brasil.

Professor Emérito da Universidade do Estado de Nova York e Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Brasília, Federal e Estadual da Bahia, do Estado do Rio de Janeiro, e Obafemi Awolowo da Nigéria, Abdias Nascimento foi oficialmente indicado ao Prêmio Nobel da Paz de 2010, em função de sua defesa dos direitos civis e humanos dos afrodescendentes no Brasil e no mundo. Conheça toda a história da indicação de Abdias Nascimento ao Prêmio Nobel da Paz, e consulte as cartas de personalidades e instituições que apoiaram a indicação.
Abdias Nascimento faleceu no Rio de Janeiro em 23 de maio de 2011, aos 97 anos. O reconhecimento de sua obra foi expresso pelas inúmeras mensagens de condolências vindas de todas as partes do Brasil e do mundo.

FICHA TÉCNICA
Projeto, Direção e Encenação  - Ângelo Flávio
Texto - Abdias Nascimento
Coreografia – Zebrinha
Assistente de Direção - Elinaldo Nascimento e Vanessa Damásio
Coordenação de Produção – George Bispo
Assistente de Produção - Bianca Lessa e Marcelo Ricardo
Preparador Corporal - Arismar Adoté Jr
Cenógrafo - Marcos Costa
Cenotécnico – Milton Santos e Yoshi Aguir
Figurinino e Maquiagem – Zuarte Júnior
Equipe de direção Musical: Maurício Lourenço, Daniel Vieira e Elinaldo Nascimento.
Técnico de Som - Dj Jeferson Souza
Iluminador - Rivaldo Rios
Elenco - Cleiton Luz, Fernanda Silva, Jean Pedro, Marcos Dias, Mariana Borges, Pedro Albuquerque, Renan Motta, Savannah Lima, Sérgio Laurentino, Telma Souza e Zitta Carmo
Assessora de Comunicação - Dayanne Pereira
Assistente de Comunicação - Rebeca Bastos
Programador Visual – Sidney Rocharte
Fotografia - Milla Cordeiro
Curadoria Exposição - Luis Augusto Sacramento e Ângelo Flávio
Realização: Companhia Abdias Nascimento e Caboclinho Produção Cultural e Artística Ltda


SERVIÇO
Espetáculo Sortilégio II - Mistério Negro de Zumbi Redivivo
Local - Teatro Vila Velha
Temporada - 21 a 30/11 - Sextas, sábados às 20h e domingo às 19h
Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia)
Exposição - 10 ANOS DA COMPANHIA TEATRAL ABDIAS NASCIMENTO (CAN)
Local: Teatro Vila Velha
Data: 21 de novembro, às 19h

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Dão faz show no Cine-Teatro Solar Boa Vista - BA



O cantor Dão promete aquecer o Cine-Teatro Solar Boa Vista com o show Nobre Balanço, durante o Solar de Virote, agitada virada cultural, que nesta quarta edição terá 30 horas (das 16h do dia 2 de agosto até às 21h do dia seguinte) de atividades gratuitas para comemorar os 30 anos do espaço cultural.

Dão apresentará um novo show incluindo canções do mais recente CD.

Serviço: Dão no “Solar de Virote”
Onde: Cine-Teatro Solar Boa Vista - Parque Solar Boa Vista, s/nº, Engenho Velho de Brotas
Quando: do dia 02 (sábado) para 03 (domingo) de agosto, 01 hora da manhã
Quanto: Entrada franca
Realização: Cine-Teatro Solar Boa Vista.
Mais infos - http://www.irdeb.ba.gov.br/evolucaohiphop/?p=8737
 
Contatos Dão -
Site:  http://plataformadelancamento.com.br/dao-2/
E-mail: plataformadelancamento@gmail.com
Tel: + 55 71 9131-8929

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Ocupação Blackitude 40º no Teatro Solar Boa Vista - BA


 
Festival acontece domingo, das 14h às 21h,  e terá shows de  Daganja, Coscarque e R.B.F
 
Rap, grafite, break, discotecagem e muita poesia. Em sua segunda edição, o festival Blackitude 40º  faz uma ocupação artística do Cine Teatro Solar Boa Vista, no próximo domingo (dia 23),  das 14h às 21h, acrescentando uma dose de diversidade ao Verão soteropolitano. Tendo as linguagens do hip hop como ponto de partida, o evento integra uma mesa redonda, exibição de filme, exposição fotográfica, edição especial do Sarau Bem Black, show, performance de dança, discotecagem e grafitagem ao vivo. O ingresso para o show custa R$10 (inteira) e R$ 5 (meia) e as demais atividades são gratuitas.
 
Evento que marca o encerramento da programação especial de Verão do Solar Boa Vista, no Engenho Velho de Brotas, o Blackitude 40º tem como destaque as apresentações dos rappers Daganga, Coscarque e do grupo R.B.F,  a partir das 18h. MC  Coscarque, ex-Versu2, manda suas rimas politizadas e recebe no palco os parceiros Álvaro Réu e Suburbano. O Mc Daganja, nome de destaque na rap baiano, já passou por vários grupos e agora apresenta um trabalho solo maduro, como pôde ser visto no álbum Tá No Ar, lançado ano passado. O R.B.F, sigla para Rapaziada da Baixa Fria,  um dos grupos mais antigos da cena local, faz um rap que  dialoga com a realidade da cidade e com a cultura afrobaiana. É do R.B.F o hit Bleckão,  que fala de racismo  e estética com seu refrão provocador: “Cabelo da Desgraça”.
 
Entre os shows acontece discotecagem com os Djs JOE e Dudoo Caribe, performances de break com o B.boy Ananias e o grupo  Independentes de Rua e de poesia com Íris Mariá,  Mil Santos e Nelson Maca. Já os grafiteiros Lee 27 e Neuro fazem intervenções ao vivo, interagindo com as fotos de Leo Ornelas e Fernando Gomes, que serão expostas no foyer do Solar.  Mas antes das apresentações muita coisa vai acontecer no espaço. Marcado para começar às 14h, o Blackitude 40 º  abre os trabalhos com o filme  Slam: All In Line For A Slice Of Devil Pie, de Marc Levin, que  narra a história do poeta de rua americano Ray Joshua e que mostra um pouco do universo do movimento  poético SLAM, como são conhecidas as batalhas de poesia nos Estados Unidos.
 
Às 16 h acontece uma mesa-redonda sobre os Saraus Poéticos que se espalham e aquecem a literatura brasileira atual como o Bem Black e o Sarau da Onça, de Salvador, e o Debaixo, de Aracaju, representados no evento. A mesa tem desdobramento no Sarau Bem Black especial,  que tem como convidados os poetas sergipanos Pedrão e Allan Jonnes. Como é praxe no Bem Black, o microfone estará aberto aos poetas da plateia.
 
Assessoria de Imprensa: Ana Cristina Pereira (91765755) 
Mais informações: Nelson Maca (9130-4618)
  
Blackitude 40º - Programação

Data: 23/02/2014
Horário: das 14h às 21h
Local: Cine Teatro Solar Boa Vista (Engenho Velho de Brotas)
14h – Filme – SLAM: All In Line For A Slice Of Devil Pie  (103’) , de Marc Levin
O filme narra a história do poeta de rua Ray Joshua, (interpretado pelo grande poeta, músico e ator Saul Willians Saul Willians). Com cenas de poesia na rua, presídio e saraus em casa e bar, mostra um pouco do universo do movimento  poético SLAM. (Legenda em espanhol); Gratuito
16h – Mesa Redonda: Movimento de Saraus e Literatura Divergente
Ana Cristina pereira (Sarau Bem Black – Salvador)  , Pedrão (Sarau Debaixo – Aracaju)
e Sandro Sussuarana (Sarau da Onça) ; Gratuito
17h – Sarau Bem Black Especial
Participação: poetas das mesa redonda e microfone aberto aos poeta das Plateia ; Gratuito

18h – Show Blackitude é Afro-hip-hop
Rap: Coscarque convida Álvaro Réu e Suburbano / Daganja / RBF (Rapaziada da Baixa Fria)
Poesia: Íris Mariá / Mil Santos / Nelson Maca
Break: B.boy Ananias e Independetes de Rua
Djs: Joe e Dudoo Caribe
Grafite: Lee 27 e Neuro
Entrada: R$ 10 e R$ 5

Oficina "Memória negra: uma experiência teatral com contos e peças afro-brasileiras" - BA

A professora e atriz Josiane Acosta irá ministrar nos meses de março e abril uma oficina na Escola Itinerante de Teatro e Performance do Oco Teatro Laboratório.


A Oficina chama-se: “MEMÓRIA NEGRA– UMA EXPERIÊNCIA TEATRAL COM CONTOS E PEÇAS AFRO-BRASILEIRAS”- Oficina de teatro que utilizará como material criativo contos e peças de Teatro Negro do escritor paulista Cuti.


 Serão 25 vagas, aulas no período da manhã, durante 2 semanas. Para ver a relação completas das ações, oficinas da Escola Itinerante de Teatro e Performance e realizar inscrições acessem:
www.ocoteatro.com.br


(Clique na imagem para ampliá-la)

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Oficina de Performance Negra - BA



Oficinas ministradas pelo BANDO DE TEATRO OLODUM para compartilhar seus 23 anos de vivencia, seu método de trabalho, técnicas, princípios éticos e políticos, gestão e valores.

 As oficinas, ao mesmo tempo que formam novos atores e qualificam aqueles que já têm alguma experiência, abrem mercado para eles dando-lhes visibilidade em apresentações públicas de experimentos gerados nas oficinas ou incluindo alguns em seus espetáculos. Além de prepará-lo
s para outras funções no teatro.

 Inscrições para audição: de 10 a 25 de fevereiro
Depois do Carnaval: 10 a 14 de março

Taxa de inscrição: R$ 15,00
Horário: das 14 às 18h

Datas da audição: 17, 18 e 19 de março
Horário: das 19 às 22h

Duração da oficina: 24 de março a 30 de setembro - Com intervalos
Gratuita

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Érico Brás canta Vinícius de Moraes - BA

Um dos principais atores da atualidade, Érico Brás, que integra o elenco do seriado Tapas & Beijos e viveu no teatro o ultimo Orfeu da Conceição criado por Vinicius de Moraes, dá vida ao personagem, dessa vez para cantar para o “Poetinha” num show inesquecível para todos.







A proposta é homenagear vida e obra de Vinicius de Moraes, cujo centenário foi comemorado em 2013, cantando suas músicas marcantes para a história da MPB. O Orfeu da Conceição canta para ele suas próprias obras, já que tudo que ele criou reflete a alma do Orfeu.