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sábado, 15 de agosto de 2009

Grupo teatral Companhia Os Crespos

Histórico do Grupo

“Os Crespos” surgiu nas dependências de uma das mais importantes escola de interpretação do país, a Escola de Arte Dramática da USP instituição esta, que fora fundada por Alfredo Mesquita em atividade desde 1948. No ano de 2004, acontece um feito inédito na EAD, ingressam cinco alunos negros, e três no ano seguinte. Houve uma organização desses alunos, que tinham em comum a vontade de discutir a sua formação e como foco estudar a história do negro nas artes cênicas e nos multimeios no Brasil, numa instituição em que esta discussão não existia.

No dia 13 de maio de 2005, dia da “abolição” da escravatura o grupo começou suas atividades com o objetivo de levar para a escola a discussão sobre, o que foi e o que representou para o país a assinatura da lei áurea. Na semana da consciência negra o núcleo promove o encontro "Pensando a Negritude", um evento para discutir como o negro foi inserido na história artística do país, e qual o papel que ocupa hoje na sociedade depois da imagem construída. O evento contou com uma mostra de curtas-metragens do cineasta Jéferson De (Narciso do rap, Carolina, e Distraída pra Morte), uma exposição permanente chamada "traços e relatos", e uma mesa redonda com atores, diretores, dramaturgos, professores e alunos. Estiveram presentes Eduardo Silva, Edson Montenegro, Lizete Negreiros, Eugenio Lima, José Fernando Peixoto, entre outros.
Em setembro de 2006 o grupo participou do II fórum Nacional de Performance Negra evento organizado pelo Bando de Teatro Olodum e Cia. dos Comuns e do Congresso de Pensadores negros em Salvador. Neste mesmo ano o grupo forma a Cia Filhos de Olorum, que mais tarde torna-se Os Crespos. Depois de discutir autores como Solano trindade, Marcelino Freire e visitar algumas peças do TEN(Teatro Experimental do Negro) decide montar um espetáculo inspirado na obra “Quarto de Despejo” de Carolina Maria de Jesus.

Paralelo a isto “Os Crespos” recebe o convite de trabalhar com um dos maiores encenadores da atualidade, o alemão Frank Castorff, diretor do lendário Volksbühne (o Teatro do Povo, construído em 1914 por associações operárias e que continua a ser um dos espaços mais influentes do teatro europeu). Em dezembro de 2006 apresentam o espetáculo Anjo Negro + A Missão no Sesc Vila Mariana.
Em novembro de 2006 O Grupo promove em parceria com o “Cinema Popular” da escola de Áudio Visual / Eca um evento para discutir: a política de ações afirmativas Cotas nas Universidades Publicas; uma mesa de debates sobre a “Mulher Negra” na arte. Aconteceram a apresentação do balé folclórico Solano Trindade, workshop de danças africanas da Guine ministrado por uma das integrantes do grupo, Gal Quaresma e apresentação do grupo Ilu-Oba de mim junto com a cantora Leci Brandão.
Estiveram presentes: as atrizes Ruth de Souza, Raquel Trindade, a cineasta Lílian Solá Santiago, José Carlos Miranda (coordenador do Movimento negro Socialista), Ana Lucia Lopes (coordenadora do Museu Afro Brasil), Esmeralda Ribeiro poeta e escritora (fundadora do Quilombhoje), entre outros.
Em 2007 a cia. excursionou pela Alemanha, participou do Festival Theaterformer e uma curta temporada no Teatro Volksbühne em Berlim. Alem disso a cia. apresenta também no Volksbühne trechos do processo de criação do espetáculo Ensaio sobre Carolina.
No mesmo ano a cia. estréia “Ensaio sobre Carolina” com a direção de José Fernando de Azevedo (professor da Escola de Artes Dramáticas da USP, dramaturgo e diretor integrante do Teatro de Narradores em São Paulo) com apoio do PAC (Projeto de Ação Cultural-Secretaria de cultura do Estado de São Paulo).
Em 2008 o grupo, continua em cartaz com Ensaio sobre Carolina e apresenta Anjo Negro + A Missão em Salamanca no Festival Castilla y Lion. Em novembro deste mesmo ano realiza a exposição a construção da imagem e a imagem construída – um olhar sobre o negro no cinema, na TV e no teatro.
Em 2009 a Cia realiza juntamente com o Grupo Clariô uma mostra Reflexiva de Filmes em ocasião do dia Nacional de Denúncia contra o Racismo e em junho participa do III Fórum de Performance Negra em Salvador/Ba.
Ainda em 2009 o grupo, continua em cartaz com Ensaio sobre Carolina a partir do dia 15 de setembro ,no Teatro Imprensa,as 5°-feiras e 6°-feiras,até 06 de dezembro,e prepara um novo projeto chamado "A Construção da Imagem e a Imagem Construida, com a a Direção de Eugenio Lima(Bartolomeu).

blog: http://www.ciaoscrespos.blogspot.com/

FRANCISCO EGÍDIO (uma das mais belas vozes da nossa MPB)

Dono de uma das mais belas vozes da música brasileira, Francisco Egídio começou a carreira na década de 50. Em 1959, ganhou os troféus Roquette Pinto e Chico Viola, ambos conferidos pela TV Record de São Paulo, pela gravação da balada cristã "Creio Em Ti", seu maior êxito.

Mas Egídio também fez sucesso com marchinhas de Carnaval como Me Dá Um Gelinho Aí e Simbora Nós Dois, até hoje executadas nos bailes.
O cantor foi, ainda, repórter esportivo, atuando na TV Record. A grande maioria de seus discos saiu pela gravadora Continental, hoje pertencente à Warner. Francisco Egídio participou do filme "Bruma Seca" – Direção: Mario Civelli/M. Brasini – Com: Luigi Picchi, Maria Dinah, Mario Brasini, Adoniran Barbosa, Ruth de Souza, – 1960. Francisco Egídio era presença constante do lendário programa "Festa Baile", da TV Cultura e “Buzina do Charinha”, na TV Globo.

Infelizmente nenhum está em catálogo. Morreu no último dia 17/07 em São Paulo aos 80 anos, de causas não reveladas.

* Texto de Toninho Spessoto

Fonte:http://blogacordes.blogspot.com/2007/10/morre-em-so-paulo-o-cantor-francisco.html